




Captura de movimentosOutra boa aposta em termos de periférico poderia ir para a técnica conhecida como “Mokap” (motion capture), hoje largamente utilizada em filmes hollywoodianos, como O Senhor dos Anéis — não, o smeagol não existia realmente — e A Lenda de Beowulf.
São espalhados diversos sensores no corpo de um ator, de forma que cada movimento dele seja recriado por uma imagem em 3D na tela do computador. Ou seja, você poderá se transformar no seu próprio joystick no futuro. Animador, não?
O crescimento da inteligência artificial
Será que pode chegar um momento em que se torne virtualmente impossível diferenciar, em um universo de jogo, os personagens controlados por pessoas daqueles controlados pelo computador? Vários jogos recentes tem mostrado uma evolução quase assustadora da IA, um termo que normalmente é associado apenas à indústria da robótica.
Jogos como Grand Theft Auto IV e Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots tem mostrado inimigos cada vez mais “conscientes”, mostrando algo como um raciocínio (mesmo que às vezes ainda um pouco primitivo se comparado com o humano)Além disso, demonstram um senso de auto-preservação muito mais elaborado que o dos inimigos que se encontrava em jogos mais antigos.
Outro bom exemplo é a série Black and White, na qual o jogador encarna um deus malévolo ou benevolente que é representado na terra por uma criatura. Essa criatura, que podia até mesmo ser uma vaca gigante, era educada e aprendia com as suas experiências, tendo ainda o seu caráter moldado de acordo com as ações do jogador.
Como força motriz para essa faceta da indústria de jogos está sem dúvida a robótica, um campo que vem apresentando um evidente desenvolvimento nos últimos anos. Como um exemplo, pode-se citar o robô ASIMO (Advanced Step in Innovative Mobility), que após a última atualização já se tornou capaz de correr, pegar coisas, reconhecer pessoas e até mesmo trabalhar em equipe, partilhando informações e coordenando tarefas.
E mais...
E o que dizer então da promissora computação quântica? E a biológica? Você ainda deve ouvir falar muito delas nos próximos anos.
Sem esquecer dos enormes avanços gráficos que se pode notar em cada nova geração de jogos, sendo que os consoles agora passam a demandar até mesmo novas TVs para rodarem a todo o vapor. Eventualmente, até mesmo a vista humana seria naturalmente inadequada para absorver toda a qualidade das novas gerações — absurdo? Sim. Improvável? Nem tanto.
Isso sem falar no projeto de 1991 da Universidade de Washington entitulado Display Virtual de Retina, que se propunha a eliminar a necessidade de telas para rodar jogos. Trata-se de projetar um laser diretamente na retina humana, transformando o olho em um monitor. Será que essa moda ainda pode pegar?
O futuro de antigamente
Em 1982 podia-se ler os seguintes trechos em um respeitado almanaque de tecnologia: “Uma das grandes explosões e fracassos da história da tecnologia será a ascensão e a queda do videogame caseiro, conforme essas maravilhas tecnológicas altamente vendáveis do início dos anos 80 forem jogadas para a obscuridade até a metade da década”.
E ainda é oferecida uma justificativa até bem plausível para o fenômeno:”Os sistemas de jogos em TV vão desaparecer porque os preços dos computadores caseiros vão continuar caindo rapidamente”. Isso porque os primeiros videogames surgiram como uma espécie de alternativa para os elevados preços dos computadores da época. Enfim, um raciocínio bastante lógico. Mas é claro que as coisas não aconteceram desse jeito.
Entretanto, isso faz pensar: se pouco mais de duas décadas foi suficiente para provar que uma projeção bastante lógica, de alguém que, presumivelmente, sabia o que estava falando, fosse totalmente refutada, como é possível que se tente hoje alguma previsão com um mínimo de credibilidade?
Quer outro exemplo? No ano de 1949 uma previsão otimista da revista Popular Machines dizia o seguinte: “No futuro, os computadores poderão pesar não mais que 1,5 tonelada”. Bem, acredito que mesmo aquele 486 velho daquele seu vizinho estranho deva pesar muito... muito menos que isso, não? Pois é.
O que dizer então do futuro de hoje? Do futuro possível a uma época extremamente dinâmica onde as novas tecnologias brotam quase como que por geração espontânea? Parece mesmo que o mais razoável é sentar na poltrona da sala de estar para assistir a tudo de camarote. Isso é, até que substituam a velha poltrona por algo mais moderno e interativo.